domingo, 21 de março de 2010

A GANÂNCIA


Lançamento: 2005
Elenco
Estrelando: Ralph Fiennes, Daniele Harford, Danny Huston, John Keogh, Hubert Koundé, Richard McCabe, Gerard McSorley, Rachel Weisz.
Dirigido por: Fernando Meirelles
Produzido por: Simon Channing-Williams

Introdução: O Filme apresenta uma realidade desconhecida para a maioria da população, afinal vivemos em um mundo em que a realidade se apresenta como escreveu Platão no seu “Mito da Caverna”.
O filme na verdade é uma obra de Arte, e transcrevo a título de introdução os escritos de Marcuse no seu livro intitulado, “CONTRA REVOLUÇÃO E REVOLTA”, pag 90 que diz o seguinte: “Sem dúvida, as obras de arte burguesa são mercadorias; podem mesmo ter sido criada como artigos para a venda no mercado. Mas esse fato, por si só, não altera a sua substância, a sua verdade. A “verdade” em arte refere-se não só a coerência e lógica internas da obra mas também à validade do que ela diz, das suas imagens,som, ritmo. Elas revelam e comunicam fatos e possibilidades da existência humana; elas vêem essa existência numa luz muito diferente daquela em que a realidade se manifesta e comunicação correntes (e científicas).”
Isto posto fica claro que a obra de arte esconde uma realidade que precisa ser descoberta, para isso é necessário uma visão além da simplicidade, é necessário sair um pouco de nossas cavernas para buscarmos uma realidade mais objetiva.
Desenvolvimento
O filme apresenta um drama profundamente realista, a questão da ganância, e da falta de transparência de grande parte das indústrias do chamado mundo civilizado. Milhares de pessoas são usadas como cobaias de indústrias farmacêuticas, e o pior que essa disputa ocorre, onde jamais deveria ocorrer, isto é no meio de pessoas miseráveis, que vivem da “boa vontade dos países civilizados e de suas generosas doações”.
O filme foge do maquiavelismo costumeiro, pois apresenta um drama, em que parece que o mal, mas uma vez saiu vencedor, afinal assassinatos se sucedem, além das milhares de pessoas que morrem como cobaias, aqueles que desafiam o mercado lucrativo, e tenta denunciá-lo são brutalmente assassinados sem que nada impeça.
O filme torna-se atual, haja vista que estamos vivendo situação semelhante com a chamada “gripe suína”, será que não estamos vivendo debaixo de nossos olhos o mesmo drama relatado pelo filme? O Drama da ganância continua o mesmo.
Conclusão:
O filme coloca em questão o drama que estamos vivendo da vacina "porquina", afinal o ministro da saúde apareceu na mídia com a maior cara de pau, dizendo que somente alguns grupos de "riscos", receberiam a vacina, os demais... ao que minha filha indagou: e nós que não estamos dentro dos grupos? Como ficaremos? Ao que lhe disse, compre!!! Ao que ela me indagou! "Todos são iguais perante a Lei", ao que respondi: sim uns mais iguais, outros menos iguais, que seria o nosso caso.
O desenrrolar do filme apresenta questões ligadas a ganância dos grandes grupos farmacêuticos,esses grupos atropelam a ética, direito, moral, filosofia e tanto outros campos da ciência. Longe de apresentar respostas simples, o filme reivindica questões que a pós-modernidade tem tratado de forma aleatória.

Nenhum comentário: