sexta-feira, 8 de abril de 2011

IMPÉRIOS ANTERIORES AO SÉCULO XVI - I Parte




O império chinês, sem sombra de dúvida, marcou profundamente a história dos impérios, porém como todos os impérios crescem e depois desaparecem, o império chinês passou pelo mesmo processo.
No período chamado moderno, enquanto a Europa se preocupava em descobrir novas terras para alimentar seu ávido desejo por matéria prima, e outros desejos que estavam presente no interior da memória dos europeus, a China vivia um drama profundo, isto é; fazer frente ao domínio mongol que se tornava cada vez mais perigoso e ameaçador a sobrevivência territorial da China. Por outro lado a China despertava a cobiça de piratas japoneses que com muita assiduidade faziam incursões as costas do território chinês, provocando com isso grandes prejuízos, e ao mesmo tempo tornava-se fator de impedimento de avanço chinês para além mar.
Os elementos acima destacados porém não impediram que a China se tornasse uma civilização grandiosa com contribuições ao mundo científico, principalmente quando falamos em navegação, pois ao que consta, a China já construía navios de grande porte, navios esses que poderiam alcançar grande léguas marítimas, o que colocava a China em vantagem aos europeus, que ainda dava os primeiros passos, principalmente através de Portugal, graça a escola de navegação de infante D. Henrique, além do domínio por parte dos chineses do uso e da utilização da pólvora, coisa que os europeus, um pouco mais tarde se apropriou e passou a usar com muita competência para destruir as demais civilizações, aliás é bom que se diga, que a pólvora foi o grande instrumento de extermínio que os europeus usaram nas conquistas de outros povos, já os chineses não tiveram a competência de vencer os seus problemas internos e por isso, deixaram para os europeus tal tarefa. Fica a indagação. Como seria a história do mundo se a China colonizasse o mundo? Será que seria necessário o extermínio e o derramamento de sangue de milhões de pessoas, aliás os europeus não enxergavam seres humanos, mas sim animais,aliás cultura ainda bem presente em parte representativa de nossa elite, e cultivada sem nenhum escrúpulo, como demonstra a entrevista do ex todo poderoso ministro Delfin Neto em entrevista no programa Canal livre, de 03 de abril de 2011,quando disse : ""Há uma ascensão social incrível. A empregada doméstica, infelizmente, não existe mais. Quem teve este animal, teve. Quem não teve, nunca mais vai ter", afirmou o ex-ministro. Essa visão reinou como justificava para a demolição de outras civilizações por parte dos europeus, parece-me que esta visão não fazia parte do subconsciente chinês, talvez os chineses não tivessem ainda o domínio psicológico da engenharia de matança que já tinha parte dos europeus.
É bom lembrar que dois fatores impediram os chineses de se tornarem uma civilização grande a semelhança da civilização européia, que foram:
1.a preocupação com a manutenção das fronteiras. As ameaças por parte de vizinhos, obrigaram os chineses a se preocuparem com suas fronteiras, fazendo com que os investimentos na navegação não fossem priorizados, haja vista que naquela conjuntura a presença de uma marinha forte e conquistadora era o elemento primordial para quem desejasse conquistar outros povos, e torna-se cada vez mais forte, era necessário a visibilidade de uma marinha que dominasse o mar, pois já havia necessidade de buscar riquezas em terras cada vez mais longe, além de uma frota marítima muito bem aparelhada que impusessem as demais nações um respeito, pois a China voltada para seu umbigo, não tinha como visualizar além de si;
2.conservadorismo chinês. Capitaneado pela burocracia dos dirigentes chineses, o conservadorismo, impediu que novos investimento fossem feitos, principalmente na construção de novos navios, e de navios de grandes portes, tecnologia ao que tudo indica, dominada pelos chineses, além da criação da bússola que antes que outras civilizações dominasse, os chineses já faziam com muita habilidade. Os chineses voltaram as costas para o mundo, obrigando a ficarem restritos ao seu mundo.

Conclusão: Embora a China tenha usado de expedições antes dos europeus, não há registros até o momento de saques e pilhagens, o que passou a ser regra nas expedições européias, esse espírito pacifico nos chineses de então, diferenciou das demais civilizações que estavam se firmando, como civilizações "grandes", e que iriam imprimir uma visão e comportamento do futuro das demais civilizações. Esta visão seria de grandeza e o comportamento de hostilidade e domínio sobre as demais civilizações que não permitissem a transferência de riquezas para a Europa.

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